BÍBLIA
O LIVRO MAIS LIDO DO MUNDO
INTRODUÇÃO
Ao falar sobre Deus, Israel, o povo, e o Messias Jesus, o tema recorrente da Bíblia é a necessidade de salvação do ser humano e da provisão divina nesse sentido. “Os céus e a terra passarão, mas as minhas Palavras não hão de passar”, (Mt. 24.35).
“Seca-se a
erva, e caem as flores, porém a Palavra de nosso Deus subsiste eternamente” (Is 40.8).
A Bíblia é a revelação de Deus a humanidade, seu autor é Deus, seu intérprete é o Espírito Santo e seu assunto central é o Senhor Jesus Cristo.
De acordo com a Tanakh (o Antigo Testamento), Deus criou o homem à sua imagem para que este tivesse comunhão íntima, amorosa e obediente com Ele. Entretanto, o homem se rebelou, escolheu o próprio caminho em lugar do apontado por Deus. Contudo, Deus com sua infinita misericórdia, escolhe um homem, Mosheh (Moisés), ele outorgou a Torah, tornando conhecidos seus padrões de justiça. Mediante juízes, reis e profetas, Deus encorajou, disciplinou e prometeu a seu povo que a salvação final viria até ele e a outros povos por meio do “Ungido” (mashiach, messias, mesmo significado do grego christos).
A BÍBLIA
A palavra BÍBLIA vem do grego biblion, livro ou pequeno livro, “Então lhe deram o livro (biblion). e, abrindo o livro (biblion)...” (Lc 4.17). Esta é uma forma diminutiva de biblos, que significa “um livro”, “Livro (biblos) da genealogia de Jesus Cristo...” (Mt 1.1).
PREPARO DAS ANTIGAS ESCRITURAS
MATERIAIS:
- Papiro;
- Pergaminho
- Velino (couro de filhotes de cabras)
- Ástraco (Cerâmica do Egito)
- Pedras – Argila e Cera
INSTRUMENTOS:
- CINZEL – De ferro para entalhar pedras; (Is
22.16)
- ESTILETE DE METAL
- PENA
- TINTA (carvão, cola e água), Líquido para escrever, Jr 36.18; 2 Co 3.3; 2 Jo 12; 3 Jo
13.
- TINTEIRO
OUTROS NOMES
Escritura,
MC 12.10; 15.28; Lc 4.21; Jo 2.22; 7.38; 10.35; Rm 4.3; Gl. 4.30; II Pe. 1.20.
Escrituras,
Mt 22.29; Mc 12.24; Lc 24.27; Jo 5.39; At 17.11; Rm 1.2; I Co. 15.3-4; II Tm.
3.15; II Pd 3.16.
Sagradas
Escrituras, Rm 1.2.
Sagradas
Letras, II Tm. 3.15.
Oráculo de
Deus, Rm 3.2.
Palavra de
Deus, Mc 7.13; Rm 10.17; II Co. 2.17; Ef 6.17; I Ts 2.13; Hb 4.12; I Pd 1.25.
As Alianças,
Rm 9.4; Gl 4.24.
A Lei, I Co
14.21, Gl 3.10
AS DIVISÕES
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DIVISÕES
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ANTIGO TESTAMENTO
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NOVO TESTAMENTO
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TODA A BÍBLIA
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N° DE LIVROS
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39
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27
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66
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N° DE CAPÍTULOS
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929
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260
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1189
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N ° DE VERSÍCULOS
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23.214
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7.959
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31.173
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DIVISÕES DO VELHO TESTAMENTO
Pentateuco - 5 Livros (Gênesis, Êxodo, Levítico, Número, Deuteronômio).
Históricos - 12 Livros (Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis,
I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester).
Poéticos - 5
Livros (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão).
Proféticos -
17 Livros (Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofinias, Ageu, Zacarias e Malaquias).
DIVISÃO DO NOVO TESTAMENTO
Evangelhos -
4 Livros (Mateus, Marcos, Lucas, João).
Histórico -
1 Livro (Atos).
Epístolas -
21 Livros (Romanos, I e II Corintios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, I e II Pedro, I e II e III João e Judas).
Profético - 1 Livro (Apocalipse).
DIVISÃO NA TORAH (BÍBLIA JUDAICA)
LIVROS JUDAICOS
Do hb. torah , lei. Denominação que os judeus dão
aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Nesta seção do Livro Santo,
acham-se a história da formação de Israel, sua libertação das garras do Faraó,
a entrega da Lei de Deus ao povo, os estatutos civis e cerimoniais do povo, a
peregrinação pelo deserto e os discursos de despedida de Moisés.
A palavra Torah é complexa, pois pode ter diferentes significados em diferentes
contextos. Em sentido limitado, se refere aos cinco primeiros livros de Moises:
Gênesis, Êxodo, Levíticos, Deuteronômio. Porém pode se referir a toda a Bíblia
judaica, que se divide da seguinte forma:
TORAH (A LEI)
Bereshit (No princípio) (Gênesis)
Shemot (Os nomes) (Êxodo)
Vaikra (E Ele chamou) (Levítico)
Bamidbar (No deserto) (Números)
Devarim (As palavras) (Deuteronômio)
NEVIIM (PROFETAS)
Yehoshua (Josué)
Shoftim (Juízes)
Shmuel (I e II Samuel)
Melakhim (I e II Reis)
Yeshayhu (Isaías)
Yirmeyahu (Jeremias)
Yechezkel (Ezequiel)
OS DOZE (TRATADOS COMO UM SÓ LIVRO)
Hoshea (Oseias)
Yoel (Joel)
Amos (Amós)
Ovadyah (Obadias)
Yonah (Jonas)
Mikhah (Miqueias)
Nachum (Naum)
Havakuk (Habacuque)
Tzfanyas (Sofonias)
Hagay (Ageu)
Zekharyah (Zacarias)
Malakhi (Malaquias)
KETUVIM (ESCRITOS)
Tehillim (Salmos)
Mishlei (Provérbios)
Iyov (Jó)
Shir-Hashirim (Cântico dos Cânticos)
Rut (Rute)
Eikhah (Lamentações)
Kohelet (Eclesiastes)
Ester (Ester)
Daniel (Daniel)
Esra (Esdras)
Nechemyah (Neemias)
Divrei-Hayamim (Crônicas)
A Torah escrita é frequentemente chamada de Tanach, que é um acrônico de Torah,
Neviim, e Ketuvim.
A Bíblia não era originalmente dividida em capítulos como a conhecemos hoje.
As escrituras que são usadas nos serviços religiosos nas Sinagogas (é como a cerimônia de culto para os protestantes) são escritas em rolos de pergaminhos.
São sempre escritos a mão, com símbolos em caligrafia hebraica, com símbolos de coroas em muitas letras. Este estilo de escrita é conhecido por STA”M, que é a abreviação de Sefrei Torah, Tefilim e Mezuzot, que são os lugares onde este tipo de escrita é usado. Durante a leitura não se encosta o dedo na folha, é utilizado um indicador chamado de Yad. Yad significa mão em hebraico.
A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250, pelo Cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras, faleceu em 1263. ·A divisão em versículos foi feita em duas etapas. O Antigo Testamento em 1945, pelo Rabi Natha; o Novo Testamento em 1551, por Robert Stevens, um impressor de Paris.
Stevens publicou a primeira Bíblia (Vulgata Latina) dividida em capítulos e versículos em 1555.
Stephem
Langton, falecido em 1228. A Primeira Bíblia a ser publicada inteiramente dividida em versículos foi a Bíblia de Genebra, em 1560. A primeira tradução portuguesa é a do Novo Testamento por João Ferreira de Almeida, em 1681. É a obra de maior circulação; a primeira tiragem da The New English Bible, em 1961, foi de 1.275.000 exemplares.
HISTÓRIA DA BÍBLIA DE GENEBRA
Durante o reinado da rainha Maria I de Inglaterra (1553 - 1558), um número de eruditos protestantes fugiram da Inglaterra para Genebra, na Suíça, que era então governada como uma república em que João Calvino e Theodore Beza exerciam a liderança secular e religiosa. Entre esses estudiosos foi William Whittingham, que viria a controlar o que se tornaria o esforço para criar a tradução agora conhecida como a Bíblia de Genebra, em colaboração com Myles Coverdale, Christopher Goodman, Gilby Anthony, Thomas Sampson, e Willian Cole. Whittingham foi diretamente responsável pelo Novo Testamento, que foi concluído e publicado em 1557, enquanto Gilby supervisionou o Antigo Testamento.
A primeira edição completa, com uma nova revisão do Novo Testamento, surgiu em 1560, mas não foi impressa na Inglaterra até 1575 (Novo Testamento) e 1576 (Bíblia completa). Mais de 150 edições foram emitidas, a última, provavelmente em 1644. A primeira Bíblia impressa na Escócia foi uma Bíblia de Genebra, em 1579.
Algumas edições de 1576 em diante incluiam revisões de Tomson do Novo Testamento. Algumas edições de 1599 em diante usavam notas para o Apocalipse traduzidas a partir de um novo comentário em latim pelo teólogo huguenote Franciscus Junius.
A transcrição para o Inglês foi substancialmente baseada nas traduções feitas por William Tyndale e Myles Coverdale (80-90% dos textos do Novo Testamento da Bíblia de Genebra são de Tyndale). No entanto, a Bíblia de Genebra foi a primeira versão Inglês em que todo o Antigo Testamento foi traduzido diretamente do hebraico (cf. Coverdale Bíblia, Bíblia de Mateus).
As anotações que são uma parte importante da Bíblia de Genebra são de caráter calvinista e puritana, e como tal eram detestados pelos protestantes anglicanos, assim como o rei James I, que encomendou a "Authorized Version ", ou Bíblia King James, a fim de substituí-la. A Bíblia de Genebra também motivou o início da produção da Bíblia dos Bispos durante o reinado de Elizabeth I, pela mesma razão, e a edição Rheims-Douai pela comunidade católica. A Bíblia Genebra manteve-se popular entre os puritanos e permaneceu em uso difundido até após a Guerra Civil Inglesa.
Características da Bíblia de Genebra
A Bíblia de Genebra é comumente usada por sacerdotes e alguns membros de denominações de teologia reformada por conter além dos textos bíblicos propriamente ditos uma série de recursos como mapas das regiões onde teriam ocorrido os eventos narrados na Bíblia, notas de rodapé explicando os textos bíblicos sob a ótica calvinista, textos de introdução a cada livro bíblico.
Mto bom Flávio!
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