quinta-feira, 5 de julho de 2018

ÉTICA CRISTÃ


Ética é a ciência moral. Estudo sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e do governo.

ÉTICA CRISTÃ

Introdução

Ética é a ciência moral. Estudo sistemático dos deveres e obrigações do indivíduo, da sociedade e do governo. Seu objetivo: estabelecer o que é certo e o que é errado. Ela tem como fonte a consciência, o direito natural, a tradição e as legislações escritas. Enquanto a ética considera o que é moralmente certo ou errado, a ética cristã considera o que é moralmente certo ou errado para os cristãos baseado nas Escrituras Sagradas.
Numerosas teorias têm sido propostas com a finalidade de discernir o que é uma ação moralmente boa.

Será destacado pontos de vista sobre o fundamento do que é moralmente certo.

1.                  O certo está nas mãos do mais forte;
2.                  A moral são os costumes;
3.                  O homem é a medida;
4.                  A raça humana está certa;
5.                  O certo é a moderação;
6.                  Não existe o que é certo;
7.                  O certo é o que traz prazer;
8.                  O certo é o bem maior para a raça humana;
9.                  O bem é o que se deseja por aquilo que é;
10.              O bem é indefinível;
11.              O bem é o que Deus determina.

A ética cristã reconhece as diferenças culturais e não exige que as pessoas abandonem sua cultura a fim de guardar os mandamentos de Deus. O que se pede é que as pessoas incorporem os mandamentos de Deus em sua cultura, pois, os pontos de vista cristãos sobre o fundamento das decisões morais se fundamentam em: o que Deus revela é o certo. Deus não limitou sua revelação às Escrituras; ele também se revelou de forma geral, através da natureza (Rm 1.19-20; 2.12-14).
A ética cristã baseia-se na vontade de Deus, e Deus nunca deseja algo que seja contrário ao seu caráter moral. Deus deseja que se faça o que é certo em concordância com seus próprios atributos morais (Lv 11.45; Mt 5.48; 22.39; I Jo 4.16).
A partir do fato de o caráter moral de Deus ser imutável (Ml 3.6; Tg 1.17), conclui-se que as obrigações morais derivadas de sua natureza são absolutas e obrigatórias a todas as pessoas, em todos os lugares e em todo o tempo. Outros mandamentos que fluem da vontade de Deus, mas não, necessariamente, de sua natureza, são obrigatórios para o cristão, embora não sejam absolutos.
A ética cristã baseia-se nos mandamentos de Deus, em sua revelação que é tanto geral; contendo mandamentos para todas as pessoas, quanto especial; que declara a vontade divina específica para os cristãos. Deus tem revelado a si mesmo tanto na natureza (Sl 19.1-6) quanto nas Escrituras (SL 19.7-14).
Desconhecer a Deus como a fonte do dever moral não exime ninguém, nem mesmo um ateu, de suas obrigações morais (Rm 2.14-15). Mesmo que os incrédulos não tenham a lei moral em suas mentes ainda assim eles a têm escrita em seus corações. Mesmo que não as conheçam de forma cognitiva, eles a demonstram através de suas inclinações.
  
1.      Sistemas Éticos

Os sistemas éticos podem ser divididos em duas categorias: a deontológica (centrada no dever) e a teleológica (centrada nos meios e nos fins).
Na ética cristã os resultados são todos avaliados dentro de certas regras ou normas. Isto é, nenhum resultado antecipado pode ser usado como uma justificativa para quebrar qualquer lei moral dada por Deus. Por exemplo, a ética cristã permite a imunização visando à prevenção de doenças, mas não admite o infanticídio visando à purificação da linhagem genética da raça humana; neste último caso o resultado final é usado para justificar o uso de meios perversos.

Ética Deontológica
A regra determina o resultado
A regra é a base do ato.
A regra é boa independente do resultado.
O resultado é sempre calculado dentro das regras.

Ética Teleológica
O resultado determina a regra.
O resultado é a base do ato.
A regra é boa por causa do resultado.
O resultado algumas vezes pode ser
usado para quebrar as regras.

Seis visões sobre ética

1.      Antinomismo – Literalmente, contra a lei, afirma-se que não há leis morais obrigatórias e que tudo é relativo. Enfatiza o valor do indivíduo em tomar decisões éticas, bem como o valor dos relacionamentos pessoais.
2.      Situacionismo – O situacionismo reivindica lealdade a uma norma que não pode ser rompida. Esta estabelece uma norma absoluta que pode ser aplicada a todas as situações éticas. Acredita também que todas as coisas devem ser julgadas por uma lei moral absoluta, o amor.
3.      Generalismo – É uma posição daqueles que acreditam em regras éticas obrigatórias e esta obrigatoriedade é apenas geral e que nenhuma das leis morais são realmente absolutas.
4.      Absolutismo não qualificado – A premissa básica do absolutismo não qualificado é: todos os conflitos morais são apenas aparentes; eles não são reais. O caráter de Deus é a base dos absolutos morais; Deus manifestou seu caráter moral na sua lei; Deus não pode contradizer a si mesmo; por este motivo, duas leis morais absolutas não podem realmente conflitar; todos os conflitos morais são aparentes e não reais.
5.      Absolutismo conflitante – O absolutismo conflitante acredita que há muitos absolutos morais e que estes, algumas vezes, entram em conflito. Baseando-se na premissa de que as leis de Deus são absolutas e não podem ser violadas. Por outro lado, o absolutismo conflitante reconhece que este é um mundo caído e por este fato, sempre haverão dilemas.
6.      Absolutismo graduado – O absolutismo graduado acredita em absolutos morais. As leis morais são absolutas em sua fonte; absolutas em sua própria esfera, em que não existe conflito; e absoluta em sua ordem de prioridade quando existe um conflito.

Evolução da consciência planetária

1.      Quais os assédios você já sofreu na sua igreja?

A crescente crise global requer uma solução. Muitos cientistas e filósofos, ao redor do mundo, a estudam e investigam, mas atualmente não podemos dizer que entendemos sua causa e, menos ainda, as ações a serem tomadas para resolvê-la.
Hoje já não podemos negar sua existência. Abundam as teorias e sugestões quanto à natureza da crise como aos meios para eliminá-la.

2.      Já ouviram situações, que a teu ver não deveriam ter ido para o altar?

3.      Qual a solução para a crise e como ela deveria ser lidada?

Para prevenir uma escalada maior da crise, deve-se:
1. Reconhecer a sua existência.
2. Descobrir suas causas.
3. Observar a existência de uma alternativa e da possibilidade de resolver o problema.
4. Traçar um plano para resolvê-la.
5. Executar o plano.
Na antiguidade, o homem estava mais próximo da Natureza e tratava de manter-se ligado a ela. Havia dois motivos para isso:

1.      O egoísmo não desenvolvido, ainda não havia distanciado o homem da natureza, permitindo-lhe sentir-se parte integrante desta.

2.      O conhecimento insuficiente da Natureza causava medo, obrigando o homem a considerá-la superior a ele.

Por esses dois motivos, o homem aspirou não somente a acumular os conhecimentos sobre os fenômenos do mundo que o cerca, como também a conhecer as forcas que o governam.
As pessoas não podem se esconder dos elementos naturais como o fazemos hoje em dia, evitando as forças da Natureza num mundo criado artificialmente. Seus órgãos sensoriais ainda não deformados ou degenerados pela tecnologia contemporânea eram incapazes de sentir o mundo ao seu redor em maior profundidade. O medo da Natureza, e simultaneamente, a aproximação dela, levou o homem a descobrir o que esta queria dele, se tinha alguma meta, e para que criasse os homens (para quem foram criados os homens).
ciência e a religião são dois caminhos paralelos com os quais a humanidade vem investigando o mundo, tratando de entender o lugar do homem e suas possibilidades, e de definir o objetivo e significado da existência. Sem mais, os dois caminhos fizeram com que a humanidade se afastasse do rumo de alcançar a Deus, de vincular-se a ela. O homem estuda a natureza não com a finalidade de entender o que ela quer dele e, portanto mudar, senão para modificar e conquistar a Natureza pelo próprio egoísmo humano.
As crises em todos os campos da atividade humana, da ciência aos problemas pessoais, nos levam às mesmas e eternas perguntas sobre o sentido e o objetivo da vida. Estamos nos dando conta cada vez mais de que nada sabemos sobre a Natureza, o processo governante, e o propósito da existência. Os problemas nos conduzem a aceitar a existência da Grande Sabedoria, do Plano Superior na Natureza. Visto que a ciência é incapaz de responder às nossas perguntas, isso nos obriga a tratar de encontrar a verdade na religião, crenças e misticismo. A crise externa nos conduziu a uma crise interna, e ficamos confundidos neste mundo.
O exaustivo interesse por esses ensinamentos, em explicar nossas vidas, não por meio de investigação cientifica, mas utilizando todo tipo de métodos "celestiais" que floresceram durante os últimos trinta anos, está agora desaparecendo diante de nossos próprios olhos.
A evolução do egoísmo do homem determina, define, e de fato desenha a historia completa da humanidade. O egoísmo em desenvolvimento estimula os seres humanos a estudar o meio ambiente para poder materializar seus crescentes desejos egoístas. Ao contrário do reino inanimado, vegetal e animal do nosso mundo, os humanos evoluem sem parar a cada geração, e isso acontece em cada individuo durante sua breve existência. Na antiguidade, o homem não era suficientemente egoísta para se opor a Natureza. Percebia a Natureza e tudo que a rodeava, e a sensação de reciprocidade era a forma de comunicação com ela.
O primeiro nível de desenvolvimento egoísta provocou uma revolução na humanidade. Este criou um desejo de mudar a Natureza em beneficio do homem, em vez do homem mudar para se parecer com ela. Metaforicamente, isto é descrito como um desejo de construir uma torre que alcance o céu para dominar a Natureza.
O desenvolvimento do egoísmo arrancou o homem da Natureza. Em vez de corrigir sua crescente oposição a ela, o homem se atreveu a imaginar que podia chegar ao Criador egoistamente, não através da correção do ego, mas em dominar tudo.
Assim, o homem colocou seu "eu" em oposição ao ambiente, oposto à sociedade e às leis da existência, em vez de ver os outros como similares e próximos, e a natureza como um lar.
O ódio substituiu o amor; as pessoas se afastaram uns dos outros, e a única nação do mundo antigo foi dividida em dois grupos, os quais se bifurcaram em Leste e Oeste. Conseqüentemente, cada grupo se dividiu em muitas nações, e hoje, estamos novamente testemunhando o começo de uma aproximação e de uma reconexão rumo a uma só nação.
A Torah descreve isso alegoricamente (Gênesis, 11:1-8) da seguinte maneira: "E em toda a terra havia uma só língua e um só discurso. E aconteceu, quando viajaram a Leste, encontraram um vale na terra de Shinar; e ali se estabeleceram... e disseram; "Vamos, edifiquemos uma cidade, e uma torre com seu teto no céu e ficaremos famosos, por medo de sermos dispersos no estrangeiro sobre a face de toda a terra". E o Senhor desceu para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens construíram. E o Senhor disse; " Contemplai, ai esta um só povo, e todos falam a mesma língua; e foi assim que eles começaram a fazer; e agora nada lhe será impossível realizar. "Vamos, desçamos e confundamos sua língua, para que não possam entender a língua uns dos outros. Então o Senhor os dispersou no estrangeiro, sobre a face de toda a terra; e deixaram de construir a cidade".
Flávio Josefo escreveu que Nimrod incitou o povo a desafiar o Criador. Os aconselhou a construir uma torre mais alta do que o nível onde as águas pudessem se elevar, caso o Criador causasse novamente uma inundação, e assim se vingariam do Criador pela morte de seus antepassados.
Sem poupar esforço algum e entusiasmo, começaram a construir uma torre. Ao ver que o povo não se corrigiu depois da lição da inundação, o Criador os fez falar muitas línguas. Conseqüentemente, não se entendiam mais uns aos outros e se dispersaram. O lugar onde a torre foi construída foi chamado de Babilônia, por haver sido o lugar onde as línguas se misturaram em vez do único idioma que antes existia.
Obs.: No começo do século 20, um arqueólogo alemão, Robert Koldewey, descobriu na Babilônia as ruínas da torre de uma dimensão equivalente a 90 x 90 x 90 metros. Por sua vez , Heródoto (aproximadamente 484-425 AEC) descreveu a torre como uma pirâmide do mesmo tamanho com 7 níveis. As fontes históricas dizem que no centro da Babilônia se encontrava o templo da cidade de Esagila, e perto, o templo da divindade suprema, Marduk, a torre de Babel. Foi chamado Etemenanki, que significa a pedra angular do céu e da terra.
Naquele tempo, Esagilo era o centro religioso do mundo na luta contra a religião monoteísta. A astrologia, os signos do Zodíaco e os horóscopos, a adivinhação, o misticismo numerológico, o espiritualismo, a magia, a bruxaria, os encantos, o mau olhado, a invocação de espíritos maus, todos esses foram desenvolvidos em Esagilo. Estas crenças ainda persistem, e em particular hoje somos testemunhas de sua erupção total. Não escapa a ninguém que a humanidade atravessa uma crise generalizada cada vez maior.
Depressão, drogas, desintegração da família, terrorismo, sistemas sociais insustentáveis, a ameaça do uso de armas nucleares, e catástrofes ecológicas, são todos os sinais. O novo livro do Professor Ervin Lazslo, The Chaos Point (O ponto do Caos) apresenta uma descrição muito clara e informativa sobre a crise global.
O risco crescente da utilização de armas nucleares que ameaça a existência de toda a humanidade e um perigo iminente. Muitos cientistas acreditam que a humanidade não tem muito tempo para prevenir a escalada de uma guerra mundial termonuclear ou de catástrofe ecológica global.
Ainda que os sinais da crise sejam evidentes, por lei, sua existência e deterioração são ocultadas pelos governos, organizações sociais, cientistas, sociólogos e psicólogos. A razão de fazer isso de maneira deliberada está no fato de que aqueles que a escondem não tem meios para corrigir a situação atual. Assim a política de ostracismo simplesmente agrava o problema e acelera a aproximação da catástrofe.
Um provérbio do sindicato dos médicos diz que um diagnóstico exato é metade da cura. O fato de ocultar a nossa doença e de subestimar sua gravidade constitui uma ameaça direta a vida.
Mesmo que o principal problema da civilização seja superar a crise geral, para resolvê-la é preciso antes solucionar o grave problema de explicar a situação ao publico. Se este compreende a razão da crise, isto em si facilita a solução. Hoje em dia, muitas pessoas ainda buscam uma saída no progresso cientifico tecnológico, cultural e social, esquecendo que ao confiar neles, com o propósito de progredir foi justamente o que nos trouxe, em primeiro lugar, ao infeliz estado atual.

Para prevenir uma escalada maior da crise, deve-se:

1. Reconhecer a sua existência.
2. Descobrir suas causas.
3. Observar a existência de uma alternativa e da possibilidade de resolver a problemática.
4. Traçar um plano para resolvê-la.
5. Executar o plano.

Lamentavelmente, não apenas a humanidade e a sociedade se encontram num estado critico, junto à nós, toda a Natureza esta se aproximando à uma catástrofe. Portanto, para compreender a origem da crise devemos analisar os rudimentos da própria Natureza.



Referência Bibliográfica

Geisler, Norman L. Ética Cristã – Opções e Questões Contemporâneas. São Paulo: Editora Vida Nova, 2010, 2ª edição.
Bíblia Sagrada, Revista e Corrigida de João Ferreira de Almeida.

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