Houve um princípio, há várias galáxias, mas somente a terra possui a atmosfera apropriada para o homem. Sendo dirigida a todas as classes de pessoas, ela emprega a linguagem comum da vida diária, e não a linguagem técnica da filosofia.
Gênesis 1
Gênesis 1
1 – No princípio criou Deus - Com relação a Torá, há algo muito interessante já logo na primeira palavra bereshit. Uma explicação para se iniciar as Escrituras Sagradas com a letra bet é que esta letra inicia a palavra beracha, bênção. Onde a Torá é uma bênção para a humanidade. Mas por que não começa com a letra alef? Não começa com a letra alef, por ser o inicio da palavra arira, maldição. Deus queria começar com a bênção. Também pode ser explicado que como é a segunda letra, se referia a um segundo estágio, onde o primeiro é a comunhão e para se ter comunhão é preciso aplicar seu coração ao Eterno. Antes do estudo das Escrituras é preciso aplicar no coração o Eterno. Genesis começa com a letra bet de bereshit e termina com lamed da palavra israelddec, as duas letras juntas formam a palavra lev, coração. Pois a Torá deve estar guardada dentro do coração do homem. Mas tem mais, no princípio d’us criou bar de bereshit, que é uma terra limpa e vazia. Depois a terra foi cheia pelo dom ou pela graça shay, mas vem a grande pergunta, quem fez isso tudo? Foi o grande El de Israel, D’us.
Houve um princípio, há várias galáxias, mas somente a terra possui a atmosfera apropriada para o homem. Sendo dirigida a todas as classes de pessoas, ela emprega a linguagem comum da vida diária, e não a linguagem técnica da filosofia. O termo hebraico bereshith(literalmente, “no princípio”) é indefinido e, naturalmente, dá surgimento à questão: No princípio do quê? Parece melhor tomar a expressão no sentido absoluto, como uma indicação do início de todas as coisas temporais e do próprio tempo: Keil, porém, é de opinião que se refere ao princípio da obra da criação. Tecnicamente falando, não é correto presumir que já existia o tempo quando Deus criou o mundo, e que Ele, em certo ponto desse tempo existente, deu “princípio” à produção do universo. O tempo é apenas uma das formas de toda a existência criada e, portanto, não poderia existir antes da criação. Por essa razão Agostinho achava mais correto dizer que o mundo foi criado cum tempore (juntamente com o tempo), que afirmar que foi criado in tempore (no tempo). A Escritura fala desse começo noutros lugares também. Mt 19.4, 8; Mc 10.6; Jo 1.1, 2; Hb 1.10. Também está claramente implícito que o mundo teve começo em passagens como Sl 90.2, “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu é Deus”: e Sl 102.25, “Em tempos remotos lançaste os fundamentos da terra: e os céus são obras das tuas mãos”.
Na narrativa da criação, como já foi indicado, são empregados três verbos, a saber, bara’, ‘asahe yatsar, e são utilizados alternadamente na Escritura, Gn 1.26, 27; 2.7. A primeira palavra é a mais importante. Seu sentido originário é partir, cortar, dividir; mas, em acréscimo, significa também formar, criar e, num sentido de derivação mais distante, produzir, gerar e regenerar. A palavra mesma não transmite a idéia de produzir do nada alguma coisa, pois é usada até com referência a obras da providência, Is 45.7; Jr 31.22; Am 4.13. Contudo, tem caráter distintivo: é sempre empregada com relação a alguma produção divina, nunca a qualquer produção humana; e nunca tem acusativo de material, pelo que serve para expressar a grandiosidade da obra de Deus. A palavra ‘asahé mais geral, significando fazer ou formar, e, portanto, é empregada no sentido geral de fazer, formar, fabricar , modelar. A palavra yastartem, mais distintamente, o sentido de modelar com materiais preexistentes e, portanto, é empregada para descrever o trabalho do oleiro na modelagem de vasos de barro. As palavras do Novo Testamento são ktizein, Mc 13.19, poiein, Mt 19.4: themelioum, Hb 1.10, katartizein, Rm 9.22, kataskeuazein, Hb 3.4, e plassein, Rm 9.20. Nenhuma dessas palavras expressa diretamente a idéia de criação do nada. Gn 1.1 registra o início da obra da criação, e certamente não apresenta Deus produzindo o mundo com material preexistente. Foi criação do nada, criação no sentido estrito da palavra e, daí, a única parte da obra registrada em Gn1 a que Calvino aplica o termo. Mesmo na parte restante do capítulo, porém, Deus é descrito produzindo todas as coisas pela palavra do Seu poder, por um simples fiatdivino. A mesma verdade é ensinada em passagens como Sl 33.6, 9 e 148.5. A passagem mais forte é Hb 11.3: “Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem”, ou, na versão utilizada pelo autor, “... de maneira que, o que se vê não foi feito das cousas que aparecem”.
Vr. 2 - Sem forma e vazia – a terra estava em estado caótico e desorganizado. “e o Espírito de Deus pairava”. Ele analisava, estava parado olhando. Não a criou e a abandonou, mas a criou para ser habitada (Is 45.18) o caos era um meio e não um fim e o Ruach - Espírito pairava. João 4.34 – Deus é Espírito.
Vr. 3 – Disse Deus - amar, falar, ordenar, prometer, tornar visível, determinar. “Pela Sua palavra foram criados os Céus” (Sl 33.6). O conceito de fé que existe no mundo cristão é um pouco errôneo por má interpretação das Escrituras (Hb 11.1). Fé é o que nos aproxima de Deus. Fé é coragem de viver mesmo frente a incertezas, é acreditar que estamos aqui por uma razão, é acreditar em Deus. Neste trecho a palavra é mais importante que a Luz (Mt 17.20) Dizer à montanha. “Haja luz” chega de caus. A criação da luz no primeiro dia tem sido ridicularizada em vista do fato de o sol nãoter sido criado antes do quarto dia, mas a ciência diz que a luz não é uma substancia que emana do sol, mas consiste de ondas de éter produzidas por elétrons energéticos. Faz-se importante notar que Gênesis não fala do sol como luz (or), mas como luzeiro, ou portador de luz (ma’or), exatamente o que a ciência descobriu que é.
Vr. 5 –Tarde e manhã – pode ser dias de 24horas ou mil anos se levarmos em conta o que diz em (Sl 91.4; II Pd 3.8), “um dia é como mil anos”.
Vr. 6 –“Haja um firmamento no meio das águas”, firmamento ou expansão, “ Teto superior de água”. O Canópio.
Haja = Iehi = 10+5+10 = 25 = 2+5 = 7 céus (Dt 10.14). Noé ao sair da arca oferece um Olot holocausto. Somando-se o valor de cada letra temos 70 + 30 + 400 = 500 anos. Representa a distância de primeiro Céu para o outro. Por causo do pecado os Egípcios foram atingidos por 500 pragas. Cada céu é um nível de consciência divina, que somente pode ser atingido através da meditação na Palavra. Sobre a terra ergue-se uma escada cujo topo atinge o céu (Gn 28.12) Jacó viu esta escada.
Vr.21 – Grandes peixes – Monstros marinhos - Os antigos babilônicos acreditavam que os deuses criaram o mundo depois de uma árdua luta entre os fabulosos dragões que haviam precedido à Criação. A Toráh ensina que mesmo estes são produtos da criação de Deus. É por este motivo que no relato do Gênesis nenhum animal é designado particularmente, exceto os Taninim (dragões), Ex 7.9. O Midrash afirma que se alude às criaturas marítimas particularmente grandes, o leviatam e seu par (Is 27.1; Sl 74.14; 104.26; Jó 3.8;40.25).
Vr. 26 – Façamos = Yomer, o Eterno criou de algo que já existia, a terra.
Imagem = Tslemen, referindo-se ao Espírito de Deus porque Deus é Espírito (Jô 33.4). No Hebraico = Ruach, no grego é Pneuma. O homem é um produto do meio de onde veio. Imagem real, cópia, espelhamento, “xérox”, reprodução do que pode ser visto. É como se Deus tivesse um molde para fazer o homem. Se Deus é espírito, como teria criado o homem a Sua imagem? Segundo os sábios o molde para o homem foi o messias, que participou da criação. João diz que o messias era (Or) luz e luz é matéria. Assim Adão foi criado. Diz o Midrash que quando Adão andava no jardim alguns anjos o reverenciavam e ele dizia que não era o Senhor e sim Adão. Os anjos teriam de ver de perto para saber quem era. A prova disto é que no momento da queda eles perderam esta luz e perceberam que possuíam um corpo e estavam nus, ou sem revestimento, ou descobertos. O Senhor os cobre com pele e não sacrificou um animal para assim lhes fazer uma vestimenta. Há um outro conceito de ser a imagem de Deus. Quando o homem se casa, ele passa a ser um com seu cônjuge. Ai se torna realmente a imagem de Deus.
Semelhança = Demultenu, semelhança espiritual. Estas palavras só são usadas em sentido espiritual. O Eterno não disse para um meio que produzisse o homem ele disse para si mesmo. O Pai e o Filho (Ef 1.5-7).
A primeira vez que apareceu no ser humano um desejo por algo além do desejo de existir foi 5767 anos atrás (de acordo com o calendário hebreu e a data da escritura destas linhas no ano 2006). Apesar de muitas gerações precederam Adão, ele foi a primeira pessoa em quem apareceu o desejo de compreender a Natureza coletiva. Não e coincidência que seu nome foi Adam, porque se deriva das palavras AdammelaElyon. "Semelhante ao mais Alto" (Isaias 14:14). Foi chamado Adam por seu desejo de transcender suas qualidades e chegar a ser semelhante à qualidade altruísta da Natureza. Adam transmitiu a sua descendência àquilo que havia descoberto. O livro Raziel ha Mal'ach (o Anjo Raziel), e atribuído a ele.
O dia em que Adam descobriu o mundo espiritual se chama "o dia da criação do mundo". Este foi o primeiro contato da humanidade com o mundo espiritual, e é por isso que o calendário hebreu começa nesse dia.
De acordo como o plano da Natureza, a humanidade conseguirá um equilíbrio com a natureza inclusive, a correção final do ego humano, no decurso de 6.000 anos a partir daquele ponto. E por esta razão que se escreveu que "o mundo existe há seis mil anos" (Talmude Babilônico, Sanedrin, 97:71). Durante esses anos, o ego humano crescerá de maneira gradual, levando a humanidade a dar-se conta que este deve ser corrigido.
Vr. 28 – Frutificai e multiplicai – O mandamento de multiplicar a espécie, foi o primeiro dado ao homem. Sendo o sexo uma função natural e de tal poder que ninguém é isento da tentação e sedução sexual, constitui-se no meio pelo qual o mundo de Deus é povoado e a vontade divina é realizada. Por este motivo o sexo é um instrumento sagrado. Além disso o convívio sexual é um bem intrínseco, em acréscimo às exigências da procriação.
Domínio – Ninguém dá a outro o que não tem. Domínio vem do Latim “Dominus” que é, ser senhor de, proprietário, dono.
Sujeitar – conduzir sobre a ordem de. O domínio é da terra e não dos homens. Escravidão.
Vr. 29,30 – Nem os homens nem os animais se alimentavam de CARNE. Somente após o DILÚVIO.
Fontes:
A Torá - Gênesis - Rabino Marcelo Miranda
Tropicasher - Torá com Sabor Tropical - Bereshit
Comentário Adventista do Sétimo Dia
Palestras no Ministério Ensinando de Sião
Palestras do YouTube - Judaísmo Nazareno
Nenhum comentário:
Postar um comentário