segunda-feira, 28 de novembro de 2016

TEOLOGIA DA SUBSTITUIÇÃO

A  Teologia  da  Substituição  afirma  que  o  ETERNO  substituiu  Israel  pela Igreja,  o  Judaísmo pelo  Cristianismo,  o  Antigo  Testamento  pelo  Novo  Testamento,  e  a Lei  pela  Graça.  Disto resulta  que  também  defende  os  falsos  ensinos  de  que  “não  existe mais Torá” e “a Torá não é vigente nos dias de hoje”.

Teologia da Substituição

MARCIÃO: AS HERESIAS

Após  a  rebelião  de  Inácio,  a  expansão  do  Cristianismo  contou  com  outro nocivo  ingrediente implementado  por  Marcião  de  Sínope  (85  a  160  D.C),  um  influente bispo do Cristianismo primitivo.

Enquanto os netsarim  (nazarenos) usavam o Tanach (Primeiras  Escrituras) e os  Ketuvim  Netsarim (Escritos  Nazarenos),  considerando  todas  as  Escrituras  como  uma unidade e sem a existência de hierarquia de uma sobre a outra, Marcião  foi o primeiro a inventar os termos “Velho Testamento” e “Novo Testamento”, expressões estas que não existem na Bíblia.

Marcião  cria  na  existência  de  dois  deuses  distintos,  ensinando  que  o  “Velho Testamento”  revelou  um  deus  mal,  que  seria  o  deus  dos  judeus;  e  no  “Novo Testamento”  se  manifestou um  deus  bom. Em  sua  mente  gnóstica,  o  deus  de  Jesus  seria diferente  do  deus  dos  judeus.  O  pensador  pagão  preconizou  um  sistema  dualista  para explicar  as  “contradições”  entre  o  “Velho”  e  o  “Novo  Testamento”.  Para  justificar  a existência  de  dois  deuses,  Marcião  interpretou  as  Escrituras  de  maneira  totalmente incorreta.

Vejamos alguns exemplos:

1)  Disse  Marcião  que  o  deus  mal  dos  judeus  ensinou  “olho  por  olho”, enquanto  o  deus  bom  de  Jesus  ensinou  o  amor.
2)  Alegou  Marcião  que  o  deus  do  “Velho  Testamento”  incentivava  o divórcio  e  o  adultério,  e  o  deus  do  “Novo  Testamento”  os  proibiu.
3)  Sustentou  que  o  deus  do  “Velho  Testamento”  não  era  onisciente,  porque perguntou  para  Adam  (Adão):  “onde  você  está?”  (Gn  3:9).
4)  O  deus  do  “Velho  Testamento”, é  um  deus  de vingança,  crueldade  e  ódio;  e  o  deus  de  Jesus  é  bondoso  e  amoroso.
5)  Na  visão  do  Marcionismo,  Yeshua  foi  enviado  pelo  Deus  Pai  (o  deus bom)  para  superar  o  deus  mal.
6)  Explicava  Marcião  que  o  deus  do  “Antigo  Testamento”  criou  o  mundo material  para  alastrar  o  mal,  tornando-se  a  divindade  dos  judeus.
7)  Para  distinguir  a  obra  do  deus  amoroso  em  relação  ao  deus  cruel, Marcião dividiu as Escrituras em “Velho Testamento” e “Novo Testamento”.

Marcião  atraiu  um  grande  número  de  seguidores  e,  após  ser  excomungado da  Igreja  de  Roma, erigiu  uma  comunidade  independente.  A  Igreja  de  Marcião  se expandiu com extrema força, alcançando multidão de  pessoas, valendo  destacar  que seu movimento  perdurou  por  muitos séculos.  Numerosos  gentios  se  agarraram  a  Marcião, fugindo  do  “deus  mal”  dos  judeus,  o Criador  dos  céus  e  da  terra  para  a  crueldade.  O ódio pelos israelitas, incluindo-se os nazarenos, ganhou um novo propulsor. Policarpo,  que  foi  discípulo  de  Yochanan  (João),  chamou  Marcião de “primogênito  de  Satanás”.  Lamentavelmente,  o  Cristianismo  adotou  inúmeras  heresias do bispo  gnóstico.  Ademais,  a  teologia  cristã  lançou  as  sementes  do  Marcionismo  e colheu heresias  ainda  maiores.  Até  hoje  o  Cristianismo,  em  sua  quase  totalidade,  ensina as teses antibíblicas iniciadas por Marcião:

a) “a Lei foi abolida por Cristo”;
b) “a Igreja substitui Israel nos planos de Deus”;
c) “existe uma separação entre ‘Velho’ e ‘Novo Testamento’”.

Milhares  de  pastores  no  mundo  inteiro,  discípulos  indiretos  do  gnosticismo de  Marcião, ensinam  para  os  membros  de  suas  Igrejas:  “vocês  não  precisam  cumprir isto  ou  aquilo, porque são  mandamentos  do  ‘Velho  Testamento’”.  Estes  mesmos pastores  cobram  os  dízimos, instituídos  pelo  “Antigo  Testamento”.

Para lucrar com os dízimos, o “Velho Testamento” é válido, mas para cumprir a vontade do ETERNO,  pregam  os  pastores:  “o  Velho  Testamento  está  ultrapassado,  anulado, abolido”.

A verdade precisa vir à tona: todas as Escrituras Sagradas (antes e depois de Yeshua)  formam  a Unificada  e  Eterna  Palavra  do  vivo  Elohim.  Não  existe  “Velho”  e “Novo  Testamento”,  mas sim  Tanach  (Primeiras  Escrituras)  e  B’rit  Chadashá  (ou Ketuvim  Netsarim),  que  são  os escritos  dos  discípulos  de  Yeshua.  A  Palavra  do ETERNO  nunca  fica  “velha”,  razão  pela qual é  impróprio  o  nome  “Velho”  ou  “Antigo Testamento”.  Tendo  em  vista  todas  as  explicações bosquejadas,  a  partir  de  agora  não usaremos  mais  as  expressões  pagãs  criadas  por  Marcião, substituindo-as  pelos  nomes corretos: Tanach e B’rit Chadashá (ou Ketuvim Netsarim/Escritos Nazarenos).

No  seio  do  Cristianismo,  existe  uma  doutrina  maligna  que  foi  influenciada direta ou indiretamente pelo Marcionismo: a Teologia da Substituição. Defende  a  Teologia  da  Substituição a tese  de  que  no  “Novo  Testamento”  os cristãos  substituíram  os  israelitas  nas  promessas  feitas pelo  ETERNO.  Afirma  que  os judeus  negaram  Yeshua  e,  por  isso,  foram  rejeitados  por YHWH,  que  elegeu  a  Igreja para ocupar o lugar que antes pertencia  ao povo de Israel.

Há  diferentes  modalidades  da  teologia  da  substituição,  chamadas  por  R. Kendall  Soulen  de supersessionismo.  Este  pode  ser:  punitivo,  econômico  ou  estrutural (The God of Israel and Christian Theology, Minneapolis,1996, Fortress).

Supersessionismo  Punitivo.

Proclama  que  os  judeus  rejeitaram  Yeshua como  Messias  e,  em  decorrência,  foram  punidos pelo  ETERNO,  perdendo  todas  as promessas  que  lhe  foram  feitas  no  Tanach  (Primeiras Escrituras).  Alguns  defensores deste supersessionismo: Hipólito de Roma, Orígenes de Alexandria e Martinho Lutero.

Supersessionismo  Econômico (obs:  não  se  refere  a  dinheiro,  mas  à função).

Assevera que o povo de Israel foi substituído pela Igreja nos planos de YHWH. Em  outras  palavras, Israel  foi  escolhido  pelo  ETERNO  apenas  para  trazer  Yeshua  ao mundo.  Com  a  vinda  do Messias,  instituiu-se  a  Igreja  e  Israel  perdeu  a  finalidade. Alguns defensores deste supersessionismo: Justino Mártir e Agostinho.

Supersessionismo  Estrutural.

Promove  a  marginalização  do  “Antigo Testamento”  (AT)  como  norma  para  a  vida  cristã,  isto é,  não  nega  o  AT,  mas  o desvaloriza,  tornando-o  inferior  ao  “Novo  Testamento” .  O  AT é válido,  porém  o que realmente importa é o NT. As regras do AT são vistas como de pouca relevância. Além  destes  três  tipos  de  supersessionismo  apresentados  por  Kendall Soulen,  o teólogo  David  Novak  apresenta  os  conceitos  de  “supersessionismo  fraco”  e “supersessionismo forte”  (Two  Faiths,  One  Covenant?:  Jewish  and  Christian  Identity in  the  Presence  of  the Other:  The  Covenant  in  Rabbinic  Thought,  Rowman  & Littlefield, 2004. Eis seus conceitos:

Supersessionismo  Fraco.

A  Nova  Aliança,  instituída  pelo  Novo Testamento,  é  entendida  como  uma  adição  à  Aliança anterior  (a  religião  dos  judeus,  ou seja, o Judaísmo). Assim, o ETERNO não revogou a Aliança com o povo de Israel, mas os  gentios  não  precisam  da  Primeira  Aliança,  bastando  se  conectar com  Yeshua.  Este supersessionismo  é  chamado  de  “fraco”  porque  é  sutil,  mas  mesmo  assim possui  um verniz  antibíblico.  Qual  o  erro  desta  teoria?  O  supersessionismo  fraco  leciona  que o gentio  somente  precisa  buscar  a  conexão  com  Yeshua,  desligando-se  da  Torá  (Primeira
Aliança),  o  que  contraria  os  próprios  ensinos  do  Mashiach,  uma  vez  que  todos  eles
estavam fundamentados na Torá (Mt 5:17-19).

Supersessionismo  Forte.

A  Nova  Aliança  é  uma  substituição  da  Aliança Mosaica.  Tanto  o  supersessionismo  forte quanto  o  fraco  estão  errados.  Biblicamente,  a Aliança  Renovada  (“Nova  Aliança”)  é  uma extensão  (no  sentido  de  prorrogação)  da Aliança Mosaica

Constantino

No começo do Século IV, um evento relevante ocorreu na Igreja. No ano 306 d.C., o imperador Constantino tornou-se o primeiro imperador “cristão”, influenciado por sua mãe, que havia se convertido ao cristianismo. No inicio de seu mandato, ele concedia aos judeus os mesmos direitos outorgados aos cristãos que, até então, eram tremendamente perseguidos e odiados. Entretanto no ano de 312 d.C., Constantino declarou o cristianismo como a religião oficial do Império Romano, assinalando assim o fim da perseguição aos cristãos. Mas, por outro lado, iniciou-se a perseguição ao povo judeu. Constantino declarara, então, que a terra de Israel não mais pertencia ao povo judeu. Daquela época em diante, ela pertencia a Igreja crista. De uma forma embrionária iniciou-se a Teologia da substituição, qual se evidenciou nos anos de 1400 e 1700 e, perdura ate os dias de hoje.

O espírito triunfalista da Igreja em relação a ISRAEL tem sido o motivo de seu distanciamento em relação ao propósito divino. Pseudo-teólogos e orgulhosas denominações que se acham detentoras da fé e guardiãs da sã doutrina, não fazem a mínima ideia que são as promessas dadas a Israel (dentre elas, o próprio Cristo) que sustentam a sua fé (Rm 9:4,5. “os quais são israelitas, de quem são a adoça, a glória, as alianças, a promulgação da Lei, o culto e as promessas, de quem são os patriarcas...” 15:27 “Pois se os gentios participaram das bênçãos espirituais dos judeus...”). Quem rejeita a Israel está rejeitando sua própria salvação. (Jo 4:22 “...a salvação vem dos Judeus”).

A teologia da substituição (também conhecida como supersessionismo) essencialmente ensina que a Igreja substituiu Israel no plano de Deus. Os aderentes à teologia da substituição acreditam que os judeus não sejam mais o povo escolhido de Deus e que Deus não tenha planos futuros específicos para a nação de Israel. Todas as opiniões diferentes do relacionamento entre a Igreja e Israel podem ser divididas em duas áreas: ou a Igreja é a continuação de Israel (Teologia da Substituição / Teologia do Pacto), ou a Igreja é completamente diferente e distinta de Israel (Dispensacionalismo / Pré-milenismo).

A teologia da substituição ensina que a Igreja cristã é a substituição de Israel e que muitas promessas feitas a Israel na Bíblia são cumpridas na Igreja cristã, não em Israel. Sendo assim, as profecias nas Escrituras sobre bênção e restauração de Israel à Terra Prometida são "espiritualizadas" ou “alegorizadas” em promessas das bênçãos de Deus para a Igreja. Há grandes problemas com essa opinião, tais como a existência contínua do povo judeu durante os séculos e especialmente com a revivificação do estado moderno de Israel. Se Israel tem sido condenada por Deus, e não há nenhum futuro para a nação judaica, como podemos explicar a sobrevivência sobrenatural do povo judeu durante os últimos 2000 anos apesar de muitas tentativas de destruir essa nação? Como podemos explicar por que e como Israel reapareceu como uma nação no século 20 depois de não existir por 1900 anos?

A visão de que Israel e a Igreja são diferentes é ensinada claramente no Novo Testamento. Biblicamente falando, a Igreja é completamente diferente e distinta de Israel e as duas nunca devem ser confundidas ou mencionadas como se fossem a mesma coisa. Alguns ensinam que a Igreja é uma criação completamente nova que passou a existir no Dia de Pentecostes e continuará até ser levada ao céu no arrebatamento (Efésios 1:9-11; 1 Tessalonicenses 4:13-17). A Igreja não tem nenhum relacionamento com as maldições e bênçãos para Israel. As alianças, promessas e advertências são válidas apenas para Israel. Israel tem sido temporariamente colocada de lado no programa de Deus durante esses últimos 2000 anos de dispersão. Vamos estudar mais sobre este assunto na apostila de Teontologia (Estudo sobre a Igreja).

Depois do arrebatamento (1 Tessalonicenses 4:13-18), Deus vai restaurar Israel como o foco principal do Seu plano. O primeiro evento durante esse tempo vai ser a Grande Tribulação (Apocalipse 6). O mundo será julgado por rejeitar a Cristo, enquanto Israel é preparada através das provações da Grande Tribulação para a Segunda Vinda do Messias. Portanto, quando Cristo retornar a terra no final da Tribulação, Israel estará pronta para recebê-lo. O restante de Israel que sobreviver à Tribulação será salvo e o Senhor estabelecerá o Seu reino na terra com Jerusalém como a sua capital. Com Cristo reinando como Rei, Israel será a nação principal, e representantes de todas as nações irão a Jerusalém honrar e louvar o Rei – Jesus Cristo. A Igreja retornará com Cristo e reinará com Ele por um período literal de 1000 anos (Apocalipse 20:1-5).

O Antigo e o Novo Testamento sustentam uma compreensão pré-milenar e dispensacionalista do plano de Deus para Israel. Mesmo assim, o suporte mais forte para o pré-milenismo é encontrado no ensino de Apocalipse 20:1-7, onde diz, seis vezes, que o reino de Cristo vai durar 1000 anos. Depois da Tribulação, o Senhor vai retornar e estabelecer o Seu reino com a nação de Israel, Cristo vai reinar sobre toda a terra e Israel vai ser o líder das nações. A Igreja reinará com Ele por 1000 anos. A Igreja não substituiu Israel no plano de Deus. Embora alguns dizem que Deus esteja focalizando a Sua atenção essencialmente na Igreja nessa “dispensação da graça’, Deus não se esqueceu de Israel e um dia restaurará Israel ao Seu papel como a Sua nação escolhida (Romanos 11).


Se, porém, alguns dos ramos (Judeus) foram quebrados, e tu (não-judeu), sendo oliveira brava, foste enxertado em meio deles (Israel) e te tornaste participante da raiz e da seiva da oliveira, não te glories contra os ramos; porém, se te gloriares, sabe que não és tu que sustentas a raiz, mas a raiz, a ti. Dirás, pois: Alguns ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Bem! Pela sua incredulidade, foram quebrados; tu, porém, mediante a fé, estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Deus não poupou os ramos naturais, também não te poupará”. (Rm 11:17-21 ARA).

A Verdade

As  Escrituras  definem  claramente  e  sem  sombra de dúvida que a verdade é a Torá! Sha’ul, entretanto,  fala  que  os  homens  “transformaram  a  verdade  de Elohim  em  mentira”  (Rm  1:25). Assim,  se  o  Mashiach  veio  para  ser  testemunha  da verdade (a Torá), HaSatan (Satanás) será testemunha de quê?
As Escrituras respondem: “Desde  o  princípio,  ele  [HaSatan]  foi  um  assassino  e  nunca  se
apegou  à  verdade,  porque  não  há  verdade  nele.  Quando  mente, fala  de  seu  caráter,  porque  é mentiroso  e,  de  fato,  o  pai  da mentira.” (João 8:44).
HaSatan, o enganador do mundo todo.” (Ap 12:9).
Quando  HaSatan  fala  mentira,  ele  está  falando  sua  própria  linguagem.  Se  a Torá  é  a  verdade, o  que  é  a  mentira  de  HaSatan?  Sua  mentira  consiste  em  afirmar  que  a Torá  foi  anulada, revogada,  destruída  e  que  não  existe  mais.

Existe  uma  palavra  grega para este ensino maligno, que se chama ANOMOS (Strong nº 459).
ANOMOS  vem  de  um  prefixo  grego  “A”  (significa  “sem”,  “não  há”  ou “contrário  à”)  e  do vocábulo  NOMOS  (significa  “Torá”  ou  “Lei”).  Consequentemente, ANOMOS  pode  ser traduzido como  “sem  Torá”,  “não  há  Torá”  ou  “contrário  à Torá”.

Enquanto  Yeshua  HaMashiach  veio  para  ser  testemunha  da  Torá,  HaSatan veio  para testemunhar  o  ANOMOS  (“contrário  à  Torá”  ou  “inimigo  da  Torá”).  Disse  o Mashiach  que  quem  ensinasse  contra  a  Torá  seria  chamado  de  “último”  no  Reino  (Mt 5:19).

Existem  dois  livros  da  B’rit  Chadashá  que  são  dedicados  a  combater  o ensinamento do ANOMOS (Kefá Beit/2ª Pedro e Yehudá/Judas). Vejamos  alguns  textos  bíblicos  em  que  consta  o termo  ANOMOS  nos Manuscritos em grego:

Então  eu  [Yeshua]  lhes  direi  abertamente  na  cara:  ‘Nunca  vos conheci!  Apartai-vos  de  mim,  vós  que  praticais  ANOMOS [obras contrárias à Torá].” (Mt 7:23)

O  Filho  do  Homem  enviará  seus  anjos,  e  eles  tirarão  do  seu Reino  tudo  o  que  faz  pecar  e  aqueles  que  fazem  ANOMOS [obras contrárias à Torá].” (Mt 13:41)

aparecerão  vários  falsos  profetas  e  enganarão  muitas  pessoas.  E, por  se  multiplicar  ANOMOS  [“  o  que  é  contrário  à  Torá”],  o amor de muitos esfriará.” (Mt 24:11-12).

Interessante  observar  que  o  texto  que  fala  sobre  a  vinda  do  AntiMashiach (”o  Anticristo”) declara  que  ele  é  o  próprio  ANOMOS  (“contrário  à  Torá”,  “inimigo da Torá”):

Porque já se opera o mistério do ANOMOS... E,  então,  será  revelado  o  ANOMOS  [“o  inimigo da  Torá”],  a quem o  Senhor desfará  pelo assopro da sua boca e aniquilará  pelo esplendor  de sua vinda.  A  esse  cuja  vinda  é  segundo  a  eficácia  de HASATAN,  com  todo  o  poder,  e  sinais,  e prodígios  de MENTIRA,  e  com  todo  o  engano  da  injustiça  para  os  que perecem,  porque  não receberam  o  amor  da  VERDADE  para se  salvarem.  E,  por  isso,  Elohim  lhes  enviará  a operação  do  erro, para  que  creiam  na  mentira,  para  que  sejam  julgados  todos  os 
que  não  creram  na  VERDADE  [a  Torá];  antes,  tiveram prazer na injustiça.” (2 Ts 2:7-12).

Conclusão: o ANOMOS (inimigo da Torá) é HaSatan. Quem defende que “a  Lei  não  vale  mais” está  propagando  uma  mentira  inventada  pelo  Adversário!  Como está  escrito  no texto  acima  de 2ª  Tessalonicenses,  aqueles  que não creram  na  verdade  (a Torá)  e  aceitaram  o  ensino  do ANOMOS  (HaSatan)  serão  julgados.  Este  é  o  grande problema do Cristianismo: expande o ensino de HaSatan de que a “Lei foi abolida”.

De  fato,  muitas  pessoas  têm  recebido  o  ensino  do  ANOMOS  (HaSatan).  No Cristianismo, existem dois grandes grupos teológicos que são defensores do ANOMOS: o  Dispensacionalismo  e  a Teologia  da  Substituição.  Estes  afirmam  que  a  Torá  não  é mais válida para os dias de hoje. Ensina  o  Dispensacionalismo  que  a  “aliança  eterna”  de  Elohim  foi substituída  por  “Eras”. Existiram  basicamente  duas  grandes  “Eras”:  a  “Era  da  Torá/Era da  Lei”,  que  compreenderia basicamente  os  “tempos  do  Antigo  Testamento”,  e  a  “Era da  Graça”,  que  teria  sido inaugurada  no  tempo  do  “Novo  Testamento”,  isto  é,  com  a vinda  de  Yeshua.  De  acordo  com os  Dispensacionalistas,  durante  a  “Era  do  Antigo Testamento” o homem estava “debaixo da lei”, e durante a “Era do Novo Testamento” o homem  passou  a  ficar  “debaixo  da  graça”.  Alguns Dispensacionalistas,  chamados “Ultra-Dispensacionalistas”, lecionam que na “Era do Antigo Testamento” o homem era salvo pela  Lei, porém, com o advento da “Era do Novo Testamento”, passou a ser salvo pela  Graça.  Por  tais  motivos,  os  Dispensacionalistas  propagam  o  falso ensino  de  que “não existe mais Torá” e “a Torá não é mais válida nos dias de hoje”.

A  Teologia  da  Substituição  afirma  que  o  ETERNO  substituiu  Israel  pela Igreja,  o  Judaísmo pelo  Cristianismo,  o  Antigo  Testamento  pelo  Novo  Testamento,  e  a Lei  pela  Graça.  Disto resulta  que  também  defende  os  falsos  ensinos  de  que  “não  existe mais Torá” e “a Torá não é vigente nos dias de hoje”.

Você, caro leitor, poderá estar se indagando: “Tudo bem, eles ensinam que a Torá  não  é  mais válida,  porém,  não  chegarão  a  tal  ponto  de  ensinar  que  a  imoralidade sexual  é  aceitável. Quem  ensina  contra  a  Torá  dentro  de  uma  Igreja  nunca  usaria  a expressão ‘a Lei foi anulada’ para promover a imoralidade sexual”. Errado! Muitos  pastores  e  teólogos  cristãos  ensinam  que  a imoralidade  sexual  não  é pecado,  porque a  Lei  foi  abolida. O falso raciocínio  deles é o  seguinte: “a Torá proíbe o homossexualismo.  A  Torá  foi  abolida.  Logo,  o  homossexualismo  deixou  de ser pecado”. Vejamos um texto que defende este ensino maligno: “No  Antigo  Testamento,  a  aliança de Deus  com  o  povo  de  Israel dependia  do  cumprimento  da  lei  mosaica,  que  compõem  os  cinco primeiros  livros  da  Bíblia  chamado  Pentateuco,  e  que posteriormente  foi  compilado  pelo filósofo  judeu  Maimônides  em seiscentos e treze mandamentos.

Hoje,  como  cristãos,  vivemos  na  Nova  Aliança  ou  tempo  da graça  e  não  estamos  sujeitos  a estas  proibições  da  lei  de Moisés;  tanto  é  que,  por  exemplo,  não  guardamos  os  sábados, comemos  carne  de  porco,  camarões  (Deuteronômio  14,3-21), alimentos com sangue (Deuteronômio 12) etc. A lei era por demais austera e disseminava, por isso mesmo muito preconceito,  impedindo  o  livre  acesso  de  todos  a  uma  vida  plena com Deus.(...). Certa  vez ouvi  uma  história  muito  interessante  sobre  os  judeus homossexuais  e  o  cumprimento  da  lei mosaica  através  de  um amigo  judeu  e  gay.  Perguntei  ao  mesmo  sobre  como  eles  faziam para seguir  a  lei  mosaica  e  a  resposta  foi:  ‘Pastor  Marcos,  mesmo os  judeus  ortodoxos  gays  tem relacionamentos  homossexuais  sem muitas  dificuldades.  Você  como  advogado  sabe  que  na  lei é fácil  encontrarmos  uma  brecha;  o  texto  fala  para  não  se  deitar como  se  fosse  uma  mulher. Assim  muitos  judeus  gays resolveram o  problema  não  tendo  relação  com  penetração,  pois  não estaria nenhum  dos  dois  como  ‘mulher  fosse’,  já  que  assim  procedendo, o casal não incorreria nesta questão prevista pela Halachá . Por  outro  lado,  como  na  lei  judaica  não  há  referência alguma sobre  uma  mulher  deitando-se  com  outra  mulher,  como  homem fosse  ou  coisas  do gênero,  não  há  problemas  em  relação  às mulheres lésbicas.’ Uma  lei  é  passível  de  ser burlada...”

O  texto  acima  citado  demonstra  como  os  falsos  mestres  deturparam  as Escrituras  para  ensinar que  a  Bíblia  aceita  o  homossexualismo.  Como  já  se  afirmou, HaSatan  é  especialista  em distorcer  as  Escrituras  a  fim  de  transformar  a  verdade  em mentira. Insta  repetir:  os  defensores do  homossexualismo  têm  como  argumento principal  o  falso  conceito  de  que  “a  Lei  foi anulada”,  sendo  que  esta  maligna  doutrina  é propagada  em  massa  pelas  Igrejas  Católica, Protestante  Clássica  e  Evangélica.  Por  tal razão,  alguns  líderes  cristãos  já  aceitam normalmente a  homossexualidade,  e  esta heresia vem crescendo a cada dia no seio da Igreja Cristã.
O  ensino  cristão  de  que  “a  Lei  foi  abolida”  está  sendo  difundido  por “pessoas ímpias que perverteram a graça” (Yehudá/Judas 1:4; veja também Kefá Beit/2ª Pedro 2:18-21). Está  sendo travada  uma  batalha  espiritual.  Uma  guerra  entre  a  verdade  e  a mentira,  entre  a  luz  e  as trevas.  Trata-se  de  uma  batalha  liderada  por  aquele  que  veio para testemunhar a Torá, Yeshua HaMashiach, contra todos aqueles que são inimigos da Lei  do  ETERNO.  Se  a  Torá  é  a  verdade, o cinturão  da  verdade  é  a  Torá  (Efésios  6:  14). Devemos nos cingir com a Torá para combatermos HaSatan, o pai da mentira. Se  você,  querido  leitor,  sente  o  seu  coração  arder  pela verdade  e  ama incondicionalmente  Yeshua,  abandone  as  eventuais  mentiras  que  ainda  residam em  sua mente.  Liberte-se  da  religião  dos  homens;  e  viva  a  plenitude  das  práticas  dos primeiros discípulos, pautadas na Torá e no Mashiach.

Fontes:

Carmell, A. (2003). Judaímo para o Século 21. São Paulo: Sêfer.
ED. L. Miller e Stanlei J. Grenz. (2011). Teologias Contemporâneas. São Paulo: Vida Nova.
Guimarães, M. M. (2006). Restaurando Doutrinas da Igreja do Primeiro Século. Belo Horizonte: AMES.
Teologia contemporânea
www.cafetorah.com
Judaísmo Nazareno - A Religião de Yeshua e de seus Talmidim

Um comentário:

  1. a única observação que faço é que esse povo não é judeu mais sim um povo que descende do gentio JAFÉ FILHO DE NOÉ são os europeus o apostulo so pregou na europa VEJA genesis cap 10 vers2-5 os verdadeiros hebreus são os indios e os negros dos navios negreiros esses são os verdadeiros israelitas que são as 12 tribos de israel detalhe a religião judaica só é criada em 740 pós morte de cristo

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