O EXÍLIO E O MESSIAS

O Rabino Tzvi Freeman disse: 

"Não é que temos de ser retirado do exílio. É que o exílio deve ser tirado de dentro de nós".

A Galut (exílio) e o Mashiach (Messias)

Galut (גלות) ou Golus como dizem os judeus askenazim, significa literalmente exílio. A Galut (גלות) classicamente se refere ao exílio do povo judeu da Terra de Israel, a terra da Promessa.

Houve ao todo 4 exílios (ארבעה גולים). Estes estão em alusão a visão bíblica de Abraão (אברהם) sobre o futuro de seus descendentes de acordo com o Midrash Bereshit Rabá 44:17 (comentário rabínico): "E eis que, um grande medo, e sombrio caiu sobre ele." ... É dito; “o 'Medo' refere-se à Babilônia... 'sombrio' refere-se à Pérsia... ‘grande’ refere-se à Grécia... ‘caiu sobre ele’ refere-se à Edom”.

A Galut (גלות) presente é conhecida como a "Galut Edom (גלות אדום) - o exílio edomita", porque foram os romanos - que provocaram o exílio presente com destruição do Templo Sagrado (בית המקדש) com a expulsão dos judeus da Judeia e adjacência e a mudança do nome para ‘Palestina’ e de Jerusalém pra ‘Aelia Capitolina’ entre 70-130 DC – Roma, ou os romanos eram (em sua maioria) descendentes de Edom, por isto na linguagem rabínica Edom é Roma, consequentemente o cristianismo. 

Este Galut (גלות) é geralmente dividida em duas eras, governadas por dois tipos de chefes-líderes, como mencionado no versículo citado: O primeiro é “Chieftain Magdiel” - este nome significa, e é uma expressão de "se engrandeceu (yitgadel- ויתגדל) acima de todos os deuses e contra todos os poderes Celestiais..." (Daniel 11:36). (ויתגדל על כל אל ועל אל אלים).

Nesta primeira era da Galut Edomita, o império romano expandiu por todo o mundo, através do cristianismo, procurando suplantar o judaísmo e para tornar mais difícil para os judeus observarem a Torá e as Mitzvot (mandamentos) e os Eidot (Festas, Mezuzah, tefilim e etc.). 

O segundo é " Chieftain Iram ". Este nome, nas notas do Midrash, é uma expressão de "ele está destinado a acumular (le'erom) tesouros para o Mashiach Real. (מלך המשיח)”.

Isso se refere à segunda era da Galut Edomita, a findar na Era Messiânica (ימות המשיח). Naquele tempo Roma (Cristianismo) deixará de subjugar Israel e submeter-se à santidade. Além disso, ele vai ate mesmo ajudar O Mashiach (Messias). ‘Roma’ será transformada para perceber o sentido sagrado de seu nome: Romi (רומי) como uma expressão de Hahitromemut (התרוממות) - exaltação, ou seja, a exaltação da santidade.

Os Judeus (observantes, tementes), envolvem-se em oração (devocional) formal três vezes ao dia. O núcleo de cada um destes serviços é uma oração silenciosa (devocional) que é recitado em pé, e, portanto, é referido como o Amidah - עמידה. Durante a semana, a Amidá (עמידה) consiste de 19 bênçãos, nada menos do que sete das quais estão direta e explicitamente relacionadas à Redenção Messiânica (גאולה משיחית).

A duração do exílio é comparável a do feto de nove meses de incubação no ventre da mãe. A redenção de Mashiach (Messias) representa o momento do nascimento. Enquanto no útero, o feto possui todos os seus órgãos e membros, mas a sua função é reduzida ou inexistente. O corpo e o potencial que se formou e desenvolveu durante toda a gravidez é infundida com o sopro da vida somente após o seu surgimento para a luz do dia - Rabi Shneur Zalman de Liadi (Torah Or, p 109.).

O termo também se tornou um sinônimo hebreu para a diáspora judaica, e da "mentalidade do exílio" é usada entre os Sionistas judeus para se referir pejorativamente aos moradores da diáspora judaica, que não suportam, ou pode até se opor, a reconstituição e reinstituição de Israel e suas instituições centrais sociorreligiosas por razões étnicas ou religiosas. 

O Rabino Tzvi Freeman disse: "Não é que temos de ser retirado do exílio. É que o exílio deve ser tirado de dentro de nós".