domingo, 13 de novembro de 2016

JOÃO ERA ELIAS?

Um dos estudos mais completos sobre João e Elias

JOÃO ERA ELIAS?

O Profeta Elias

Elias era natural de Gileade, foi contemporâneo de Acabe, Acazias e Jeosafá. Poucas informações temos a respeito de sua vida, porém as que temos, são de muitíssimo valor. Chamado por Deus num dos momentos mais críticos da história da nação de Israel, teve que combater contra o perverso rei Acabe e o sistema religioso de sua época. O povo tinha se afastado do Senhor e estava cultuando a Baal, e Elias se levanta como mensageiro do Senhor para alertar a nação. É destacado por sua coragem e seu zelo para com o Deus de Israel. Conhecido como profeta do fogo, tinha uma vida bastante simples, se vestia de pelos de camelos e dispensava o conforto do cotidiano.

II Rs 2.11 – “Enquanto estavam caminhando e conversando, um carro de fogo, puxado por cavalos em chamas, separou-os um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.”

Segundo vários comentaristas esta passagem pode ser somente uma lenda que fala sobre o arrebatamento da igreja, já alguns outros comentaristas e a comunidade judaica acredita ter sido verdadeiro o relato assim como foi descrito no texto bíblico. 

Ml 4.5,6 “Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e temível dia do SENHOR. Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário, eu virei e castigarei a terra com maldição.”



Este texto nos remete ao texto de Ml 3.1 “Vejam, eu enviarei o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá”, diz o SENHOR dos Exércitos.” O que se pode observar é que o autor do texto fez referencia escatológica a Elias pelo fato da tradição dizer que ele não morrei e que voltará a terra cumprir seu propósito. Jesus interpretou esta tradição referindo-se a João Batista como Seu precursor (Mat. 11.7-10). Talvez esteja em vista uma reencarnação da mesma entidade, ou João Batista continuaria a missão de Elias, em espírito, sem ser a reencarnação dele. As tradições judaicas comumente imputaram aos grandes profetas outras missões, que necessitaram de reencarnações; por exemplo, Moisés voltou como Jeremias, mas isso faz parte do judaísmo posterior. Elias ganhou, na literatura apocalíptica posterior, posição especial. Ver Mar. 6.15; 9.4,11. Na literatura rabínica (Misna, Baba Metzia 1.8; 2.8; 3.4-5 e Eduyouth 8.7), o ministério cósmico de Elias adquiriu novos aspectos, incluindo o anúncio e a preparação do julgamento, a facilitação da restauração de Israel, a união de pais e filhos curando todos os conflitos familiares, e a união do judaísmo para receber sua exaltação no dia escatológico. O dia terrível do Senhor deve ser planejado e executado com precisão, e Elias teria uma atividade especial para facilitar essa realização.



OS BOATOS QUANTO AO FILHO DO HOMEM



Embora o presente trecho seja o único do Antigo Testamento que fale sobre a repetição de missões de um profeta, o conceito ficou comum no judaísmo posterior. A Cabala aceitou e promoveu a reencarnação como verdade divina, que por longo tempo fora escondida do povo, mas finalmente acabou revelada. Foi assim que essa doutrina se tomou parte do conceito “dos profetas voltando” para servir de novo. 



O desenvolvimento do conceito é realmente antigo, como mostra Mat. 16.13-14: “Quem diz o povo ser o Filho do homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros; Elias; e outros: Jeremias, ou algum dos profetas”. A opinião popular identificou Jesus com um dos profetas antigos. Os rabinos posteriores, aceitando a idéia da reencarnação, anteciparam a volta de antigos profetas. Ver a exposição em Mat. 16.14, no Novo Testamento Interpretado, que entra em detalhes. Um problema interpretativo neste trecho é o de que João Batista assistiu ao Primeiro Advento de Cristo, tendo sido Elias predestinado para assistir ao seu Segundo Advento no dia escatológico. Mas devemos lembrar que o Segundo Advento foi distinguido do Primeiro somente no Novo Testamento.



Note-se bem que Moisés e Elias são unidos nesta seção final do Antigo Testamento, como o foram também na transfiguração de Jesus, em Mat. 17. Alguns intérpretes então os vêem unidos, de novo, como as duas testemunhas de Apo. 11. Combinando-se as diversas uniões, temos a Lei e os Profetas representados como glorificando Jesus, o Cristo, o Salvador do mundo.




JOÃO UM HOMEM USADO POR DEUS



Lc 1.17 “Ele avançará na presença do Senhor, no mesmo espírito e poder de Elias, com o propósito de fazer voltar o coração dos pais a seus filhos e os desobedientes à sabedoria dos justos, deixando um povo preparado para o Senhor”.



O texto faz referência ao mesmo sentido descrito em Isaías 40.3, cujo texto foi referido de João por Lucas no capítulo 3.4,5. Embora João no fosse Elias, atuaria com o mesmo espírito e poder de Elias. Ao que parece, vários textos dão a entender que João seria a reencarnação de Elias, mas não podemos deixar de observar o que João dizia de se mesmo, e ele falou em Jo 1.19-23.



“Este foi o testemunho de João, quando os judeus de Jerusalém enviaram sacerdotes e levitas para lhe perguntarem quem ele era. Ele confessou e não negou; declarou abertamente: Não sou o Cristo. Perguntaram-lhe: E então, quem é você? É Elias? Ele disse: Não sou. É o Profeta? Ele respondeu: Não. Finalmente perguntaram: Quem é você? Dê-nos uma resposta, para que a levemos àqueles que nos enviaram. Que diz você acerca de si próprio? João respondeu com as palavras do profeta Isaías: Eu sou a voz do que clama no deserto: Façam um caminho reto para o Senhor”. 

BIBLIOGRAFIA


Bíblia NVI
Bíblia Judaica
Comentário Champlin
Comentário Judaico do Novo Testamento
Site: Morasha

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