ALIANÇA
As alianças de Deus possuíam o objetivo de
estabelecer um relacionamento espiritual com o povo.
Temor - Hoje é tempo de amar ao Senhor e não de temê-lo.
Temor é um termo que se tornou pejorativo, mas quando se fala de amor, este causa um grande impacto na vida das pessoas.
O Senhor - Este que é Ancião de dias, Senhor de Senhores, que está sentado sobre um alto e sublime trono de faíscas de fogo, que está submetida à Sua vontade. Seu nome é impronunciável, seu poder imensurável. Deus é um ser infinito o qual somos incapazes de ver, mas que se revela através de Suas obras. Se não fosse seus atributos e os benefícios que recebemos dele não seríamos capazes de compreendê-lo ou de conhecê-lo.
O estado do Senhor - Antes de tudo ser criado, Deus estava só. E porque o homem não é capaz de conceber Deus como Ele realmente é, não lhe é permitido representá-lo de forma alguma. Mas depois de ter criado o homem, Deus quis ser conhecido por Seus atributos, porém, em hipótese alguma podemos nos comparar a Deus. (Gn 1.26) O fato de sermos imagem e a semelhança de Deus quer dizer que: somos fruto do meio de onde viemos, possuímos um espírito e possuímos semelhança espiritual, conhecimento do bem e do mal.
Por que houve a necessidade de se fazer alianças com o homem?
Deus se comunicava diretamente com a humanidade (Adão), a qual o rejeitou, então, precisou criar um meio para esboçar Sua natureza e explicar as realidades fundamentais referentes ao comportamento e responsabilidade desta humanidade. As alianças de Deus possuíam o objetivo de estabelecer um relacionamento espiritual com o povo.
Alianças – Encontramos várias alianças ou pactos nas Escrituras (Ot em Hebraico). As alianças feitas no Éden (Gn 1.28), com Adão (Gn 2.15-17) e com Noé (Gn 9.1-9) foram indicações divinas gerais, feitas a toda raça humana durante sua existência na terra. Vamos destacar outras três grandes alianças bíblicas e traçar um paralelo entre elas. Cada uma possui algo peculiar, um elemento chave ou um memorial, um selo e as três estão conectados entre si, não se pode chegar a uma sem a outra.
A Aliança com Abraão – É a primeira aliança teocrática (referente aos preceitos de Deus). Ela é incondicional, depende unicamente de Deus, que obriga a si mesmo em graça dizendo: “Far-te-ei” Gn 12.2. Deus confirma Sua aliança com Abraão em outras ocasiões e com mais detalhes (Gn 13.14-17; 15,1-7; 18-2; 17.1-8). Então com seus 99 anos de idade, Abraão recebe ao Senhor para SELAR esta Aliança através do brit milá (Aliança de sangue da circuncisão). Dizendo que o homem ainda não era perfeito e deveria ser (Gn 17.1,9-11). Esta aliança com Abraão continha tudo o que Deus já havia começado a fazer, o que fez na história e o que continuaria a fazer. Todos os planos divinos para a humanidade partem desta aliança. Circuncidar o órgão genital de um homem ao oitavo dia é na verdade, até hoje, um ato de fé, de esperança e de amor. Por esse órgão é, que passa a semente humana, viva, que irá perpetuar a espécie humana. É no oitavo dia, porque é neste período o ápice da quantidade de anticorpos. Jesus foi circuncidado ao oitavo dia (Lc 2.21), porém ao gentio aconselha Paulo, que se não for circuncidado, não se circuncide (I Cor 7.18).
A Aliança com Moisés – A Aliança mosaica é a segunda aliança teocrática. Ela é condicional. É introduzida pela clausula condicional “se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança” (Êx 19.5), vemos uma condição para algo que o Senhor faria no meio do Seu povo. “sereis a minha propriedade peculiar”. Aqui percebemos uma promessa de comunhão e proteção. Esta Aliança apresentada a Israel foi para que aqueles que acreditavam na promessa de Deus feita a Abraão soubessem como se portar em três áreas distintas da vida do povo. Estes foram o SELO da Aliança feita com Moisés. Os mandamentos (mitzvot) – Que direcionavam O povo em sua vida pessoal (Êx 20.1-26);
As leis ou estatutos (Huquim) – Que direcionavam a vida social (Êx 2.1 – 24.11), esta palavra em hebraico deriva de uma palavra que quer dizer: gravar, esculpir;
As Ordenanças (mishpatim) – Que conduzia a vida religiosa (Êx 24.12 – 31.18). A Aliança de Moisés de forma alguma substitui a Aliança de Abraão. Elas se completam, assim como diz Paulo em Gálatas 3.17-19, para que o povo pudesse saber como conduzir sua vida até que Cristo viesse (vr. 20-24). A Aliança com Yeshua há Mashiach – Jesus o Messias – Após a morte e ressurreição de Jesus houve uma grande polemica no meio do povo. O que escolher para ser a base de proximidade a Deus? Paulo começa e dizer a todos, que a promessa feita a Abraão, acrescentada em Moisés, e completa em Cristo, diz respeito à justiça de Deus pela fé. Fé em quem? Em Jesus o Cristo. Que nos fez participantes das promessas de Deus a Israel (Rm 11.13-21). E os selos para esta Aliança são: Ceia do Senhor – A ceia do Senhor é um símbolo, representativo de verdades espirituais. Um memorial do que Cristo fez pela humanidade, mantendo viva no cristão a lembrança do sacrifício de Cristo. Com as frases, “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue” (I Cor 11.24,25), Jesus nos ensina a realizar um ato profético. Batismo nas águas – O batismo significa nossa união com Cristo na sua morte e ressurreição. É a morte de uma vida de pecado e ressurreição para uma nova vida em Cristo (Rm 6.3-11). Passamos a ser filhos de Deus (Gl 4.5). Batismo no Espírito Santo – É a certeza de que a pessoa de está habitando em nós e que estamos sendo cheios da uma graça tão sublime e pura. É a certeza de que o poder de Deus está sobre nossas vidas (At 1.8). Então passamos a viver a vida de Deus, não a nossa própria vida. Este é o “eu verdadeiro” que tantos filósofos e psicólogos falam, porém, não percebem que o eu verdadeiro é a própria imagem de Deus em nós. É o próprio Deus habitando em nós.
CONCLUSÃO
O que se pode perceber é que as três alianças abordadas se completam e se mostram nos selos da última aliança. Na Aliança com Abraão percebe-se algo sendo feito na carne do homem, algo para ele tocar e se lembrar, assim como na Ceia do Senhor. Na Aliança com Moisés percebe-se algo sendo realizado interiormente no homem. Algo que é capaz de trazer mudanças na alma do indivíduo, assim como o Batismo nas Águas que leva a pessoas de uma condição de pecado, a um estado de regenerado. Na Aliança de Cristo o homem é levado a um íntimo relacionamento com Deus, este relacionamento está no nível do espírito e anseia voltar de onde veio assim como o Batismo com o Espírito Santo o qual nos evidencia um relacionamento íntimo como o Pai. O véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mc 15.22). Não necessitamos de alguém para se achegar a Deus por cada um de nós. Nós nos achegamos a Ele e Ele nos ouve.
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